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24 fevereiro 2011

Amor Ilimitado


Como é bom e agradável quando [as irmãs] convivem em união! Salmo 133:1, NVI

A hostilidade é uma barreira muito difícil de vencer entre irmãos. Como José, na Bíblia, passei por uma experiência semelhante, embora tenha sido em grau menor. Não foi, porém, menos dolorosa. Talvez por ser eu a menina mais velha na família, meus avós tinham para comigo uma ligação forte e amorosa, que causava ciúme entre os outros netos. Nossa família, porém, não falava sobre esses problemas.

Quando eu tinha 11 anos, meus pais se separaram, e a situação entre mim e meus irmãos ficou insuportável. Então, aos 15 anos, casei-me só para sair de casa. Meu pai se mudou para São Paulo e lá aceitou a Jesus como seu Salvador. Pouco tempo depois, três dos meus irmãos mudaram-se para a casa do papai e eles também aceitaram a Cristo. Quando eu estava com 20 anos e separada do meu primeiro esposo, também fui para São Paulo. Na casa do meu pai, todos agora eram cristãos – exceto eu. Como eu amava meu pai e o respeitava, ia à igreja; mas não me sentia atraída a Jesus. Minha relação com meus irmãos me havia magoado profundamente. O amor de Deus, porém, é grande. Aprendi de Jesus e, algum tempo depois, O aceitei como meu Salvador.

Ao contrário das minhas expectativas, o relacionamento com meus irmãos e irmãs piorou, especialmente com uma irmã que era muito dedicada ao trabalho da igreja. Frequentemente, eu perguntava a Deus por que estava acontecendo aquilo. Decidi, contudo, obedecer ao Seu mandamento, pagando o mal com o bem. Três anos mais tarde, minha irmã passou por uma cirurgia de emergência. Deixei tudo para cuidar dela. No quadragésimo primeiro dia de sua hospitalização, ela melhorou surpreendentemente. Apertou minha mão, olhou nos meus olhos e disse: “Maria, Deus tem uma bela coroa para você. Eu jamais teria sido capaz de fazer o que você está fazendo por mim. Perdoe-me por tudo.” Na tarde seguinte, enquanto eu lhe segurava a mão, ela faleceu. Aguardo ansiosamente a vinda de Jesus, para que finalmente desfrutemos um relacionamento amoroso.

Louvo a Deus, que nos faz capazes de amar até mesmo aqueles que nos tratam mal. Como Jesus, podemos ter graça para lidar pacientemente com as coisas difíceis, pagando o mal com o bem.

Maria Chèvre